EDUCAÇÃO É A SOLUÇÃO PARA TUDO

O mundo precisa de pessoas trabalhadoras, éticas e com personalidade. O mundo precisa de pessoas que saibam respeitar os outros, acima de tudo àqueles que lhes são caros. E especialmente esse país chamado Brasil, que está construindo as bases do "falso crescimento" através das mãos de ladrões fantasiados, precisa de mais pessoas inteligentes no poder. Mas a mudança teria que ser radical. Não adianta trocar uma peça. Os personagens que vemos em cada eleição correndo atrás do povo por dois meses e virando as costas após as urnas, em sua essência são sempre os mesmos. Mudam os personagens, mas o roteiro é sempre o mesmo.

Na Europa, onde a realidade social está meio século à nossa frente, independente da crise, os governantes em sua maioria têm outros princípios. E estou falando de um continente assolado e marcado em suas entranhas por duas grandes guerras. Por aqui, o país é comandado, salvo poucas exceções, por advogados corruptos, empresários sem caráter e por semi-analfabetos ou simplesmente por burros facilmente corruptíveis. Você vê alguma solução para esse país? É óbvio que não há solução com essas cartas. Quer ver a casa cair? Espera uma crise como a que assolou o mundo chegar por aqui. E vai chegar e o castelo vai desmoronar.

E o povo? As pessoas em geral trilham o caminho dos seus governantes, os quais são como espelho para sua atitudes. Se o político trapaceia, vou trapacear meu amigo. Vou ficar com o troco que me deram por engano. Vou passar a perna no meu amigo. Vou vender meu voto (esse merecia ser preso). E os princípios morais e os mandamentos de Deus não foram jogados pelo ralo, foram empurrados pela privada propriamente dita. E a solução para tudo é simples: Educação. Com escolas públicas de verdade e em casa, partindo dos pais. Sem educação de qualidade, todo o crescimento é superficial, e como engenheiro calculista digo: "É como construir uma estrutura estável sobre uma fundação subdimensionada."

Precisamos de escolas públicas exemplares para atigir a maioria da população. E nessas escolas necessitamos professores bem pagos e qualificados. Quem pode sempre pagará pela educação de qualidade para os filhos. E quem não pode? Com a falência do ensino público de qualidade – como era na minha época – quem pode matricula os filhos em escolas particulares.  E com a visível destruição das universidades federais – inteligentemente citada por um amigo professor – muito em virtude dos sistemas de cotas que nivelarão a qualidade destas por baixo, os professores de excelência migrarão para as universidades privadas. E alguns já estão lá. E quem puder bancar, colocará os filhos nessas universidades privadas de qualidade – que passarão a ser muito melhores que as federais. Ou mandará o filho para o exterior. E o povo em geral, como sempre, terá uma educação regrada e de péssima qualidade. Nas universidades federais, como nas escolas públicas, ficarão os “excluídos socialmente” de acordo com os conceitos do governo e das entidades de direitos humanos, e os antecipadamente “excluídos profissionalmente” por não terem qualificação para o futuro mercado de trabalho. E cada vez mais veremos médicos e engenheiros trabalhando como office boy e vendendo sorvete. Sem discriminação com as profissões, as quais já exerci também, mas as quais não são plano de carreira de ninguém que estude durante 18 anos consecutivos.

E a educação dos pais é tão importante quanto a escola e uma posterior universidade. Lidando diariamente com crianças em nosso escritório ou com alguns amigos, vejo muitas crianças sendo educadas corretamente. Inclusive com conceitos melhores que em nossa época. Mas vejo também muitos pais fecharem os olhos diante das canalhices e abusos dos seus filhos. E essa “semente” crescerá, e os únicos frutos que esta produzirá serão os da libertinagem, do crime e da infelicidade, tanto para ela quanto para os outros. Para muitos filhos não há limites. Para muitos pais também. Não poderia ser diferente. Tal pai, tal filho.

Nesse campo queria agradecer aos meus pais, pois além dos conselhos, conversas e exemplos, me deram vários puxões de orelha e chineladas quando mereci. E ao meu irmão pelas surras quando era justo eu levá-las – aprendi desde cedo o que era errado. E é claro, agradeço aos meus professores e mestres de verdade, pela educação e pelas vezes que me puniram adequadamente quando eu estava errado. Devo tudo a eles.

Cada vez estou mais convencido de que a educação é a solução para tudo.